Uma aeronave modelo Consolidated PBY “Catalina” foi encontrada por pesquisadores na praia de Maracajaú, litoral norte potiguar. O avião de guerra operava a partir da Base Aérea de Parnamirim (RN), que durante a II Guerra Mundial (1939-1945), serviu de base de operações aéreas do Brasil e do seu aliado, os Estados Unidos.
O avião, que pertencia ao esquadrão VP-83 da Marinha dos EUA (US Navy), acidentou-se no dia 13 de junho de 1942. O local onde foi encontrado o naufrágio do avião pertence ao município de Maxaranguape. Segundo o portal de notícias G1 (Globo), o mergulhador Paul Bouffis, que ministrava cursos de mergulho na região, foi o responsável pela descoberta. Na ocasião do acidente, sete dos dez tripulantes do avião morreram, incluindo o piloto. Os sobreviventes foram resgatados e acolhidos por pescadores locais.
O presidente do Centro Cultural “Trampolim da Vitória”, Fred Nicolau, afirma que há pelo menos 10 naufrágios de aviões no litoral do RN oriundos da época da II Guerra Mundial. Segundo Fred Nicolau, os relatórios da Marinha dos EUA da época do acidente apontaram que “as condições de voo eram não-desejáveis, era de noite, não tinha luz, estava chovendo, teto baixo, visibilidade chegando a zero”. A queda do avião se deu, de acordo com o relatório, por volta das 18h20. O avião tinha decolado de de Belém, no Pará, em direção à base aérea de Parnamirim.
Os destroços permanecerão no lugar, intocados. O governo dos EUA considera tais locais como “túmulos de guerra”, e por questões de respeito, não devem ser removidos.
Sobre o Avião
O PBY Catalina era uma aeronave tipo Hidroavião, criado nos Estados Unidos e produzido pela Consolidated. Seu voo inaugural foi no ano de 1935. Esta aeronave era perfeita para atividades de patrulha, com grande autonomia (4.000 km) e com boa capacidade de cargas. Foi um PBY Catalina da Força Aérea Brasileira que, em 1943, atacou e afundou o submarino alemão U-199, no litoral do estado do Rio de Janeiro.
O PBY Catalina hoje
Após a II Guerra Mundial, muitos Catalinas permaneceram no Brasil, sendo ora utilizados pela FAB, ora por companhias de aviação civil. Atualmente, apenas dois deles restam: um está preservado pelo Museu Aeroespacial (RJ), o outro, está com sua estrutura em exposição na entrada da Base Aérea de Manaus (AM).
Fontes:
http://www.catalinasnobrasil.com.br/site/historico/51-o-catalina-no-museu.html